Olhando para trás:Para sempre o tempo de penico, e motor do avião que caiu, mas que afinal não caiu.
A amabilidade da canalha britânica. Sempre disposta a direccionar turistas para o caminho certo.
A montra dos bolos de todas as cores. E mais outras tantas cheias de chocolates e iguarias.
O rio tamisa, mais viscoso e castanho que a famosa nheca.E os jardins muito verdes. E o preto de patins com indumentária de origem duvidosa.
Para sempre as aventuras no metro. E a música do metro. E o humor dos senhores que dão avisos no metro. E também o outro que me perguntou piedosamente se tinha fome, no metro.
E ainda as pernas com vida própria. E as ruas enormes, cheias de vida. Com os outros que deslocavam ombros. Ou daqueles que desencantavam fruta, de lado nenhum.
Para sempre a loja onde é natal o ano inteiro. E a alcatifa da pista de gelo. E os trambolhões artisticos no gelo.
Para sempre a subida de elevador na loja dos brinquedos, cheia de velhos felizes. E a dança onde não podia mexer os pés. E a cantoria em jeito de toma-lá. E a máquina cheia daquilo que o coração é feito. E as bolinhas de sabão.
E tudo, e tudo, e tudo. Desde o cimo da catedral do são paulo. Até aos atrasos de hora e meia e discussões de meia hora.
Já cheira:
Mal? também.
Já sinto o cheiro a terra molhada.Da atmosfera que fica depois da trovoada.Irrita-me o calor que a antecede.Parece que anda alguém a sugar o ar com uma palhinha.É mais complicado respirar.Além do mais é domingo.Dia santo, do diabo.Já sinto o cheiro a intriga.Cheira-me a segunda-feira.
A preocupação.À antecipação de conflitos.
Numa palavra?Problemas.Pronto.
Uma coisa de cada vez.
Primeiro o chá verde.Depois o queijo camembert.Com a mini tosta do continente.
Amanhã?
Amanhã logo se vê.
Por agora fica o sabor a colgate.E a recordação de coisas docinhas.