domingo, dezembro 18, 2011

Enough.

Já estou farta desta merda. Era doa-lo aos sem-abrigo e pronto. 
Tenho a certeza que lhe davam melhor uso. 
Mais que não fosse servia de refeição.
Doía um bocado mas depressa acabava.

quarta-feira, novembro 23, 2011

as mulheres e a falta de pila

Mais do que acabar com a fome no mundo, anseio pelo dia em que alguém conseguirá acabar com a falta de pila para as gentes com pipi. É um flagelo que nos assola a todos, sem excepção. Os sintomas são clássicos: mau humor, pouca paciência, discurso incoerente, agressividade injustificada, mas é sobretudo a ruindade indisciplinada que caracteriza este espécimen. Sendo uma boa candidata ao titulo de praga dos tempos modernos, há já quem considere a hipótese de no mundo existirem apenas dois tipos de pessoas: aquelas que já levaram com uma cabra-com-falta-de-pila e, aquelas que ainda irão apanhar com uma pela tromba. Pior é que estamos fartinhos de saber isto e mesmo assim não há ninguém que se chegue à frente. É pena. Seria certamente um mundo melhor. Mais pacífico. Sem grandes discórdias. Faço por isso aqui um apelo às pilas do mundo! E dou indicações e tudo: podem começar pela minha colega Célia, que deve ser uma moçoila extremamente fofinha (vamos acreditar que sim), mas que por não ter pila própria acha que toda a gente tem obrigação de lhe aturar os desaforos. Aproveito também o tempo de antena para deixar umas palavras de apreço a esta pessoa por quem nutro tanto carinho.


Obrigada Célia, pela forma simpática com que me fizeste começar o dia.

terça-feira, novembro 08, 2011

Inspiração





É fazerem-me ter vontade de pegar num projecto que não toco há quase um ano, após quase 42h de privação de sono. O que provavelmente é também responsável por anular a minha vontade inata de não querer mexer uma palha naquilo que antevejo ser o princípio de um grande imbróglio. 

Mas isso agora não interessa nada. 
É bom saber que o sucesso é possível. 
Mesmo que para o conseguir seja provável  ter de 
reduzir o Tico e o Teco à condição de vegetal.
É bom haver pessoas que me tirem do meu poleiro e me 
mostrem que sou tão atrasada mental como todos aqueles que critico. 
Porque quero ser melhor que isso
Faz bem querer ser maior. 
Mesmo que não perceba um .|. de investigação.
Mesmo que tenha de fazer as pazes com o Cronbach.
Afinal de contas se os outros conseguem, eu também,
porra!

segunda-feira, outubro 24, 2011

Encontro no calendário o dia certo da tua morte. Sem contar os dias, sei que são 730 os que sobrevivi sem ti. Dois anos por inteiro em que não consegui esquecer um dia que fosse, mas que arranjei maneira de sobreviver sem ti. Eu, que numa versão rasca de Emily Bronte, te perguntava quanto tempo tencionavas viver depois da minha morte. Eu, a ter o descaramento de sobreviver dois anos inteiros sem ti, para ficar agora aqui, com esses dias vazios nas mãos e os ombros a pesarem-me de tantas saudades. A dar por mim aqui sentada agarrada a uma fotografia daquilo que ainda hoje desejo voltar a ter. É cruel perceber como este calendário me devolve um a um, todos os dias de agonia em que julguei poder salvar-te; é o único contador de dores que tenho. E quero tanto poder atira-lo para a mesma pira  em que ardeu aquela zona do meu coração que ficou desabitada. Onde nada cresce e nada se pode plantar. Onde só há vento e terra. Onde de quando em vez neva e eu juro que vejo vultos. Mas eu que nem isqueiro tenho, contento-me em rasga-lo com toda a força e em amarfanhar os restos junto ao peito, exactamente como os dias fizeram com o meu coração.

quinta-feira, setembro 22, 2011

That akward moment..

... em que vou à farmácia aqui do lado pedir lubrificante anal e me salta detrás do balcão uma tipa a quem já não punha a vista em cima desde o tempo em que os animais falavam, tipa essa que fazia parte do meu grupo de amigos. Antes de os ter mandado a todos para o galhete, isto é. Não aos animais, que com esses sempre me entendi. Aproveito aliás para deixar uma palavra de apreço às larvas que visitaram a minha cozinha a semana passada, uma visita fugaz mas marcante. 

Foi bonito. Toda eu sorrisinhos, toda ela muito cordial:

C: Olá Joana! Então tudo bem? (sempre me irritou profundamente este atrevimento de me tratarem pelo primeiro nome as pessoas que não conheço/gosto).
J: Ora então agora trabalhas aqui? Há muito tempo? Não? Então parabéns!  (seriously Joana? Parabéns? esta merda de estar programada para a hipocrisia é uma coisa que me afecta bastante)
C: Pois já sei que estás lá em cima a trabalhar também... (xêêê sim sr, não a vejo aos anos mas está bem informada) Espero que esteja tudo a correr bem.

E neste ponto, eu já com o miolo completamente avassalado pelo pensamento


resolvo retirar-me de cena com um  então boa continuação, quando na verdade devia era ter dito


porque a minha mãe sempre me ensinou a ser bem educada, obrigado.

terça-feira, setembro 13, 2011

Não ficou nada por dizer.

Sempre que discuto com alguém, fica-me sempre a ideia de que aquela pode muito bem ser a última conversa que tenho com a pessoa em questão. Isto de lidar com o sofrimento humano diariamente tem destas coisas, faz-me colocar em perspectiva muito comportamento idiota que tenho para com as outras pessoas. Será que vale mesmo a pena andarmos todos à batatada

Talvez. É por isso que nessas situações tenho a mania de fazer o exercício de ponderar sobre como me sentiria, se na verdade não tivesse oportunidade de voltar a falar com a pessoa a quem naquele momento me apetece dar um tiro. E se na grande maioria das vezes até nem me importava muito que as minhas últimas palavras fossem seu grande parvalhão/hei-de cagar na tua campa, noutras vezes tenho plena consciência de que isto não acontece. Pelo contrário, fico a sentir-me culpada perante a possibilidade de me despedir, por exemplo, da minha mãe com um "vai á merda". Sei que se a senhora calhasse a falecer no instante seguinte eu é que ficava na merda por ter sido esta a última troca de palavras com alguém de quem eu gosto tanto. Porque toda a gente sabe que por muito que determinadas pessoas nos magoem, numa situação de morte ou de doença, a grande parte das chatices não significam nada quando comparado com o que sentimos por elas.

É por isto que quando me chateio com alguém de quem gosto, faço questão de lhes dizer isso. Mesmo que chateada/magoada. Claro que continuo a mandar tudo para o galhete e o raio-que-os-partam se sentir necessidade. Mas não me limito aos insultos. Ou vá, tento. Só assim sei que não fica nada por dizer. E que se calhar a morrer no instante seguinte, vão saber que apesar de serem uns parvalhões, continuo a gostar muito deles.

segunda-feira, setembro 12, 2011

Priceless

Sobre uma doente que estava a chorar  baba e ranho por causa da dor insuportável que estava a sentir, e já depois de ter tomado mil e uma coisas pojantes para o alivio da mesma:

Dra Chefa: Ó enfermeira, se calhar é melhor deixarmos de dar o brufen de 8/8h, que ainda é capaz de mascarar a dor.

J (depois de ter mudado de divisão): Buahahahahah! 

Passagem de turno:


sexta-feira, setembro 09, 2011

domingo, agosto 28, 2011

mas PORQUÊ!

Se há dias em que vou às lágrimas por pensar que tenho tudo aquilo que sempre quis, há outros em que nada disto faz sentido. E só consigo chegar a uma conclusão:
és mesmo estúpida Joana Patrícia.



quarta-feira, agosto 24, 2011

sábado, agosto 13, 2011

Parvalhão

A: You arrogant son of a bitch.
N:
Would you just stay with me?

A:
Stay with you? What for? Look at us, we're already fightin'.

N:
Well that's what we do, we fight. You tell me when I am being an arrogant son of a bitch and I tell you when you are a pain in the ass. Whic
h you are, 99% of the time. I'm not afraid to hurt your feelings. You have like a 2 second rebound rate, then you're back doing the next pain-in-the-ass thing.

sexta-feira, agosto 12, 2011

porque é que a paciência devia ser adquirida sob a forma de comprimido


Uma senhora qualquer com sotaque francês: olhe eu tenho um bilhete de avião para 3ª feira, mas os meus irmãos disseram-me que o meu pai está muito mal, acha que é preciso comprar outro e ir mais cedo?

J: Mas não lhe explicaram que ele só veio para aqui porque não havia vagas no outro hospital?

Uma senhora qualquer com sotaque francês: Ai mas ele vai morrer não vai? acha que ainda se aguenta até amanhã, para poder chegar aí?

J: O senhor não está assim tão mal, mas nós aqui também não estamos no negócio dos adivinhos, não lhe sei dizer se entretanto o estado de saúde do seu pai não se irá agravar.

Uma senhora qualquer com sotaque francês: pois mas a mim disseram-me que ele estava tão mal, que já não durava muito de certeza! Você não me sabe dizer se ainda posso esperar até 3ª feira?

J: Ó minha senhora, você amanhã quando acordar e se engasgar ao pequeno almoço também pode morrer, mas ninguém o consegue prever pois não? Não sei se me faço entender.

Uma senhora qualquer com sotaque francês: Pois pois, não sabem quando é que vai morrer. Mas olhe, ele foi transferido para aí para morrer sem sofrimento não é?

J: ...!!


terça-feira, agosto 02, 2011

É bonito

Quando as minhas arrelias se resumem ao anormal que me roubou o lugar de estacionamento esta manhã. Sinto-me grande.


Fiquei foi sem perceber se estaria a falar a sério, quando após o ter insultado, me responde de uma forma muito indignada "Olhe que isto não é a aldeia!".


terça-feira, julho 26, 2011


Entre o não me apetece e o ser considerada uma perda de tempo, espero sinceramente que te nasça um pinheiro no cu. Isso ou que te engasgues durante 50 segundos. De preferência os dois ao mesmo tempo.


segunda-feira, julho 11, 2011

There it goes again.
That heavy feeling in your chest
when you don't feel any desire to speak or move.
All you want to do is shut your eyes and sleep,
because the process of being broken is incredibly
exhausting.
You attempt your best to make your days fulfilling,
but no matter how hard you try
you can't seem to connect to anyone.

sábado, julho 09, 2011

And it's you I hear, so loud and so clear!



Foi tudo o que eu esperava que fosse.
Deu para rir, chorar, cantar e gritar.
No fim ia jurar que estava 10 quilos mais leve.
E aposto que não fui a única.

don't panic

" Todo o sentimento bom, autêntico, vigoroso que tenho se concentra impulsivamente em torno dele. Sei que devo ocultar meus sentimentos; devo sufocar a esperança; tenho de me lembrar que ele não se pode interessar muito por mim. Pois quando digo que sou da sua espécie, não quero dizer que tenha a sua força para influenciar, e a sua magia para atrair; quero dizer apenas que tenho certos gostos e sentimentos em comum com ele. Tenho de me repetir continuamente, portanto, que estamos para sempre separados - e no entanto, enquanto eu respirar e pensar, terei de amá-lo. "


Charlotte Bronte, Jane Eyre

quinta-feira, junho 23, 2011


Um deste dias vou poder
apaixonar-me outra vez
sem me importar de saber
se vai durar um ano ou um mês.

domingo, junho 12, 2011

Arra porra!


Há muito pouca coisa que me tira o sono e me deixa com pica para ir lavar rabos às 8 da matina. Contam-se pelos dedos de uma mão e ainda sobra mais de metade. Qual carro qual carapuça! Eu quero é LIVROS. mas de jeito. somewhere along the way esqueci-me do quanto gosto de noites mal dormidas à conta de uma boa história. do quão divertido é rir-me que nem uma perdida, sozinha e feita maluca. Já tinha saudades!
e quero mais.

quarta-feira, junho 01, 2011

o meu lado lunar

Acontece-me com demasiada frequência estar ausente de mim mesma e colocar tudo o que se passa à minha volta em perspectiva. De tal modo que por vezes ia jurar que a minha vida se desenrola dentro de uma tela de cinema. Vejo-me muita vez a interpretar o papel de alguém que não quero ser, e a dizer coisas que muitas vezes não sinto. Mais do que as palavras, são os actos que me incomodam. E é tudo tão estranho, porque eu sei exactamente o que quero dizer, da forma como quero dizer, e sobretudo a forma como o quero fazer. Inexplicavelmente sai sempre tudo ao contrário. Como se não tivesse controlo sobre aquela pessoa que faz de mim. Não naquele momento. Enquanto não terminar com toda a lista de disparates, não consigo voltar à estaca zero. E quando finalmente tudo isso termina, só então sou capaz de me lembrar que afinal nada disso importa. E lá consigo explicar em meia dúzia de palavras o que 1000 coisas disparatadas não conseguiram fazer. Só que depois é como se já não conseguisse voltar atrás. Porque neste ponto, a outra pessoa já está tão saturada das minhas merdas, que está mais virada é para me mandar à merda que outra coisa.Uns fazem-no. Outros não. Mas mesmo os que não o fazem, já não se sentem seguros para acreditar que na verdade não quero bater em ninguém. Muito pelo contrário. E no fim, também estes acabam por desertar.


sábado, maio 21, 2011

I cant help feeling..

I always said I'd be happier alone.
I have my work, my friends, but someone in your life all the time?
More trouble than it's worth.
Apparently, I got over it.


There's a reason I said I'd be happy alone.
It wasn't 'cause I thought I'd be happy alone.It was because I thought if I loved someone and then it fell apart, I might not make it.
It's easier to be alone, because what if you learn that you need love and you don't have it?
What if you like it and lean on it?
What if you shape your life around it and then it falls apart?
Can you even survive that kind of pain?
Losing love is like organ damage.
It's like dying.
The only difference is death ends.
This? It could go on forever.

sexta-feira, maio 20, 2011

to do list

F: porque é que não fazes um interrail?
J: não tenho companhia
R: ah mas eu também nunca tive!
F: mas não precisas de ir muito tempo. vai uma semana, só para experimentares.
são experiências únicas que vives, vais gostar muito.
R: a mim o que me custava mais era sempre as partidas. é sempre horrível, chegar a um país diferente, com língua diferente, sem ninguém conhecido. dava sempre comigo a perguntar: mas o que é que estou aqui a fazer? mas depois, depois é giríssimo. muitas aventuras, muitas peripécias, e aprende-se a lidar com tudo.

Eu sei. Nem precisa ser de comboio. Já de há uns tempos para cá que tenho vindo a pensar nisto. Se continuar à espera de arranjar boa companhia, bem posso esperar sentada. Porque não tenho dinheiro. Porque não tenho férias. Porque tenho exames. Porque tenho o doutoramento. Porque estou a trabalhar. Porque tenho filhos para fazer, e para dar de comer. Cansei. Já faltou menos para agarrar na mochila, cagar para o telemóvel e deixar tudo para trás.


Chateia é que agora que me decidi, não consigo arranjar uns dias seguidos para o fazer. Venham cá pedir-me trocas que logo vos digo onde é que as podem enfiar. Bah!

Yes

Em dias como hoje, assaltam-me as lembranças de uma infância em que apreciava esborrachar peixes pequenos, com os dedos da mão. Sempre gostei da sensação. Há dias em que me passa pela cabeça a ideia de experimentar fazer isso com gente. Fosse eu capaz.