sábado, setembro 15, 2007

Felicidade

do Lat. Felicitate
s. f.,
ventura;
bem-estar;
contentamento;
bom resultado, bom êxito;
dita;
qualidade ou estado de quem é feliz.


Hoje perguntei a um amigo se era feliz. Respondeu-me um redondo “não”, explicando que não tinha alegrias, limitando-se a pedir emprestados objectivos de outra pessoa qualquer, para continuar a existir. Fiquei a remoer o assunto.
Revejo-me um bocado naquela apatia com o mundo que o rodeia, na inércia pela vida e, quero desesperadamente provar-lhe que está errado.


Quando nos perguntam, ou nos perguntamos, se somos realmente felizes o que respondemos?

Aristóteles referiu que a felicidade se trata de algo que não depende de um elemento externo ou fugaz para nos fazer feliz, pois vive em nós, é parte constituinte daquilo que somos e que nos tornamos com o exercício da construção humana.
Para o cristianismo o guia para a felicidade é o encontro com Deus e com os demais.
Jean-Jacques Rousseau refere ser um estado permanente que não parece ter sido feito, aqui na terra, para o Homem. Tudo se transforma em nosso redor, não permitindo que coisa alguma permaneça constante. É por isso que todos os projectos de felicidade nesta vida são quimeras.

O nosso dia-a-dia é dirigido em termos de prazeres imediatos, sem sabermos as suas repercussões futuras e se nos trarão aquele sentimento que perdura. Vivemos num mundo com breves ápices de felicidade, onde a satisfação dos sentidos (hedoné) parece ter assumido o principal papel. Ao alcançar determinado objectivo proposto, atingimos um breve instante de prazer indescritível, mas o culminar desse objectivo só nós proporciona a verdadeira felicidade se procurarmos um outro, uma nova ilusão.
Muitos autores gostam de definir felicidade como sendo “a felicidade verdadeira”, em contraste à “falsa felicidade” que depende de factores externos e assenta na satisfação sensorial. Podemos contra-argumentar, dizendo que mesmo a felicidade efémera, que se rege pelo princípio do prazer, é verdadeira para quem a sente. E, mesmo que passageira, é eterna enquanto dura.

Mas então, onde reside o segredo da felicidade?

Chocolate quente numa noite quente.
Ficar triste por ter chegado ao fim de um livro.
Dançar.
Reencontrar um velho amigo.
Uma conversa inesperada até às 6 da matina.
Rir até me doer a barriga.
Acordar de manhã e ver que ainda tenho mais 5 minutos.
Um sorriso.
Andar à chuva.
Um casal de velhotes de mãos dadas.
Andar de carro pela noite dentro.
Fazer um novo amigo.
A antecipação de coisas boas.
Acordar de manhã com um bom dia!
Chocolate quente numa noite fria.
Dizer disparates.
Ter alguém que os ouça.
E que retribua.

Se isto não é ser feliz, não sei o que possa ser.

Smile though your heart is aching
Smile even though it's breaking
When there are clouds in the sky, you'll get by
If you smile through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll see the sun come shining through for you

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile

2 comentários:

Anónimo disse...

Hoje surgiu, nem de propósito, uma frase no filme que vi e da qual me lembrei ao passar por aqui... "O segredo da felicidade não é fazer sempre o que se quer, mas crer sempre no que se faz" :)

Anónimo disse...

e posts novos? por exemplo das nossas noites escaldantes joana? (LOL quem me ouvir... 8-))