quinta-feira, setembro 22, 2011

That akward moment..

... em que vou à farmácia aqui do lado pedir lubrificante anal e me salta detrás do balcão uma tipa a quem já não punha a vista em cima desde o tempo em que os animais falavam, tipa essa que fazia parte do meu grupo de amigos. Antes de os ter mandado a todos para o galhete, isto é. Não aos animais, que com esses sempre me entendi. Aproveito aliás para deixar uma palavra de apreço às larvas que visitaram a minha cozinha a semana passada, uma visita fugaz mas marcante. 

Foi bonito. Toda eu sorrisinhos, toda ela muito cordial:

C: Olá Joana! Então tudo bem? (sempre me irritou profundamente este atrevimento de me tratarem pelo primeiro nome as pessoas que não conheço/gosto).
J: Ora então agora trabalhas aqui? Há muito tempo? Não? Então parabéns!  (seriously Joana? Parabéns? esta merda de estar programada para a hipocrisia é uma coisa que me afecta bastante)
C: Pois já sei que estás lá em cima a trabalhar também... (xêêê sim sr, não a vejo aos anos mas está bem informada) Espero que esteja tudo a correr bem.

E neste ponto, eu já com o miolo completamente avassalado pelo pensamento


resolvo retirar-me de cena com um  então boa continuação, quando na verdade devia era ter dito


porque a minha mãe sempre me ensinou a ser bem educada, obrigado.

terça-feira, setembro 13, 2011

Não ficou nada por dizer.

Sempre que discuto com alguém, fica-me sempre a ideia de que aquela pode muito bem ser a última conversa que tenho com a pessoa em questão. Isto de lidar com o sofrimento humano diariamente tem destas coisas, faz-me colocar em perspectiva muito comportamento idiota que tenho para com as outras pessoas. Será que vale mesmo a pena andarmos todos à batatada

Talvez. É por isso que nessas situações tenho a mania de fazer o exercício de ponderar sobre como me sentiria, se na verdade não tivesse oportunidade de voltar a falar com a pessoa a quem naquele momento me apetece dar um tiro. E se na grande maioria das vezes até nem me importava muito que as minhas últimas palavras fossem seu grande parvalhão/hei-de cagar na tua campa, noutras vezes tenho plena consciência de que isto não acontece. Pelo contrário, fico a sentir-me culpada perante a possibilidade de me despedir, por exemplo, da minha mãe com um "vai á merda". Sei que se a senhora calhasse a falecer no instante seguinte eu é que ficava na merda por ter sido esta a última troca de palavras com alguém de quem eu gosto tanto. Porque toda a gente sabe que por muito que determinadas pessoas nos magoem, numa situação de morte ou de doença, a grande parte das chatices não significam nada quando comparado com o que sentimos por elas.

É por isto que quando me chateio com alguém de quem gosto, faço questão de lhes dizer isso. Mesmo que chateada/magoada. Claro que continuo a mandar tudo para o galhete e o raio-que-os-partam se sentir necessidade. Mas não me limito aos insultos. Ou vá, tento. Só assim sei que não fica nada por dizer. E que se calhar a morrer no instante seguinte, vão saber que apesar de serem uns parvalhões, continuo a gostar muito deles.

segunda-feira, setembro 12, 2011

Priceless

Sobre uma doente que estava a chorar  baba e ranho por causa da dor insuportável que estava a sentir, e já depois de ter tomado mil e uma coisas pojantes para o alivio da mesma:

Dra Chefa: Ó enfermeira, se calhar é melhor deixarmos de dar o brufen de 8/8h, que ainda é capaz de mascarar a dor.

J (depois de ter mudado de divisão): Buahahahahah! 

Passagem de turno:


sexta-feira, setembro 09, 2011